quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fabulando...

Após o estudo da Fábula, os alunos foram desafiados a criar os seus próprios textos...

Uma Bela Lição

«Num gélido dia de Inverno, estava um pequeno ratinho, cheio de frio, a vaguear pelas ruas de Londres. O pobrezinho andava à procura de um lar quentinho para se abrigar.
Era Natal e todos os habitantes se refugiavam em casa, saboreavam o peru assado e as deliciosas rabanadas.
Depois de tanto andar, encontrou um buraquinho que ia dar a uma casa muito quentinha. Lá, havia um gato muito matreiro. O ratinho entrou, subiu umas escadas e encontrou a cozinha. Ia petiscar as gulodices e, nesse preciso momento, deu de caras com um Gato. Este correu atrás do pequeno animal e conseguiu engenhosamente aproximá-lo do seu caixote de areia.
- Arrrrrrrrghhhh! Consegui apanhar-te! Vou comer-te com gosto! - Ameaçou o felino.
O rato, amedrontado e exausto com o esforço e o susto, conseguiu escapar por entre a pelagem macia do gato, fugiu e escondeu-se! Enquanto o gato procurava por todos os cantos, o rato, matutando bastante, decidiu esconder-se novamente na pelagem fofa e volumosa do gato, para conseguir alcançar algum alimento. O seu plano resultou lindamente, pois o gato nem sentia o seu corpo delgado e leve enroscado nos seus novelos de pêlo.
No final, com um sorriso vitorioso, o ratinho exclamou:
- Senhor gato, quem ri por último, ri melhor!»

Inês Lemos e Ana Isabel, 5º C


O Gato e o Rato

«Certo dia de Primavera, o Gato e o Rato andavam esfomeados. Ao verem uma senhora idosa a passar com um carrinho de mão, com o seu olfacto apurado, os animais sentiram um aroma a queijo maravilhoso. O Rato afirmou:
- Vai lá tu!
- Porquê? - reclamou o Gato.
- Porque és maior e mais forte do que eu! – respondeu o Rato.
- Nem pensar, se quiseres comer, vai lá tu! – resmungou o Gato.
- Ai sim? Então, eu vou até lá para mostrar que sou mais inteligente e corajoso que tu! – disse o Rato, com ar superior.
O pequeno roedor atirou-se para o carrinho de mão e, sem ser avistado pela mulher, infiltrou-se no seu interior. Seguindo o aroma, o Rato encontrou um queijo enorme! Devorou-o quase até ao fim, porém, lembrando-se do Gato, levou-lhe um pedaço para o fazer arrepender-se. Sentado, o Gato estava sentado a observá-lo. Assim, o Rato, deliciando-se com o último pedaço de queijo, proferiu:
- Quem não arrisca, não petisca!»



O Elefante e o Macaco

«Certo dia de Verão, estava o Elefante, na sua jaula de Jardim Zoológico, a saborear os seus amendoins. Repentinamente, chegou a mascote do Jardim, o Macaco. Este esgueirou-se pelas grades da jaula e roubou alguns amendoins, provocando a ira do Elefante.
- Anda cá, seu malfeitor! – Exclamou ele.
Como era enorme, corria lentamente, pelo que o macaco começou a estudar uma forma de lhe roubar os petiscos todos. Já conhecendo o carácter dissimulado do ladrão, o grande animal percebeu que ele iria voltar. Decidiu, então, preparar-lhe uma surpresa para que aprendesse a respeitar os outros e a contentar-se com o que tinha. Espalhou pimenta muito intensa nos amendoins que restavam e fingiu estar muito cansado, enquanto observava o macaco disfarçadamente. Tal como tinha previsto, este aproveitou a ocasião e apressou-se a retirar os outros amendoins. Mal os saboreou, sentiu o gosto forte da pimenta e começou a gesticular, aflito. Nesse momento, o elefante exclamou:
- Mais vale um pássaro na mão que dois a voar!»


O Macaco e a Zebra

Era uma vez uma zebra que estava sempre a ser gozada por um macaco, por não ser colorida. Ele dizia-lhe, maldosamente:
- Não tens graça nenhuma! Pareces uma antiguidade, sombria e desinteressante!
A Zebra, muito triste, ia ouvindo estes insultos diariamente e não compreendia por que o macaco era tão desagradável consigo.
Certa tarde, ia caminhando por um trilho, quando observou o animal maldoso ser atacado por uma cobra venenosa. A zebra reagiu imediatamente e, corajosa, não permitiu que este ataque prosseguisse, matando a cobra com várias patadas. Ao deparar-se com a bondade da zebra, o macaco repensou a sua atitude e chegou à conclusão de que havia sido injusto com ela. Arrependido, agradece muito à sua salvadora e pede desculpa sinceramente. Chegou, desta forma, a uma importante conclusão: não se julga um livro pela capa!»



O Cão e o Gato

«Certo dia de Outono, andava um gato solitário pelas ruas da cidade, quando foi apanhado por um gatil. Um cão vadio que passava por ali ouviu-o chorar e a lamentar-se da sua triste sorte. Entrou sorrateiramente no local e começou a humilhá-lo, por pura maldade. O Gato ficou destroçado com as palavras do cão.
No dia seguinte, o Gato foi adoptado e enquanto caminhava, feliz e aliviado, viu o Cão a ser transportado para dentro de uma jaula na sala ao lado da sua. Aproveitando o momento, passou pelo canil e, sobranceiramente, passeou-se à frente dele, sorrindo maliciosamente. A partir desse momento o Cão aprendeu a lição:
Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti!»

Gonçalo Pereira, Diogo Lopes, Nuno Neves, 5º C