segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Felicidade (continuação)

«Se nos socorrermos da enciclopédia para procurarmos a definição de felicidade, esta corresponde a um “Estado de completa satisfação, de plenitude; contentamento interior; alegria; prazer…”.
Assim, felicidade é confiança, trabalho e esperança, noções que se vão construindo devagar ao longo dos anos.
Se a felicidade fosse um quadro, uma tela da nossa vida, poderíamos pintá-la à nossa maneira, bastando, para isso, agarrá-la com determinação e lutar, correndo em busca daquilo que mais queremos, pois ninguém pode fazer tanto por nós, como nós próprios.
Quanto mais exigirmos, mais o quadro fica completo. Contudo, jamais podemos esquecer que a felicidade não se resume apenas à nossa própria pessoa. Existem também os outros, os nossos familiares, os nossos amigos, as pessoas com quem partilhamos as nossas alegrias e tristezas e toda a sociedade envolvente, já que sem eles o quadro estaria incompleto.»

Miguel Lopes, 6º B

domingo, 26 de outubro de 2008

Biografia da Semana - Sophia Breyner Andresen


«Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica.
Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, tendo sido notória activista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".
Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar". »


(Retirado de www.mulheres.ps20)
Porto, 20 de Setembro de 2008

«Querido diário, hoje a minha professora de português mandou-nos escrever um pequeno texto sobre “A Felicidade”.
Pensei um pouco e conclui que ser feliz é ter uma família que nos ame. Ter um pai e uma mãe que nos dêem carinho. É acordar de manhã e olhar para o céu azul, onde o sol brilha de tanta felicidade! É ter muitos amigos com quem brincar e falar. É gostar de coisas novas, de conhecer novos amigos e lugares. É gostar do barulho do mar, do cheiro da maresia e de sentir a vida a renovar-se, todos os dias, sempre sem parar. Ser feliz não é ser invejoso e desejar todas as riquezas do mundo. Para sermos felizes não precisamos até de ser muito inteligentes. Basta gostarmos de trabalhar um pouquinho e aprender. Mas, querido diário, quando mostrei o texto à minha amiga Ana, esta respondeu-me:
- Isso é tudo mentira. Felicidade é ter dinheiro, muito dinheiro para comprar e ter tudo o que queremos!
- Não é preciso ter dinheiro – acrescentei eu. Olha o meu caso. Posso estar zangada com os meus pais por não me comprarem um gato. Mas, se não fossem eles, eu não tinha nascido nem andava na escola. Sou feliz, porque tenho uma família que me ama.
A Ana lá acabou por concordar. No fundo, aquela raiva toda era porque os pais tinham comprado uma bicicleta nova para o irmão e ela herdara a velha. De mão dada, acabámos o dia felizes, como sempre!»

Maria Beatriz Bernardes, 6º B
Na minha opinião, é difícil definir o conceito de felicidade, porque é diferente para todas as pessoas.
A felicidade é o estado mais bonito do ser humano, porque quando uma pessoa está feliz, sorri muito e sente-se nas nuvens. Eu sinto-me feliz quando tiro boas notas, pois sei que os meus pais vão ficar orgulhosos. Também me sinto feliz quando estou de férias, porque tenho muito tempo livre para brincar com os meus amigos. Além disso, também estou feliz quando estou com a minha família ou quando sei que os meus amigos estão bem.
A felicidade é um estado de espírito que envolve muitas emoções. A ele associo a alegria, a amizade, o amor e o carinho, já que todos estes sentimentos trazem felicidade.
Infelizmente eu sei que nem todos os meninos no mundo sabem o que é ser feliz. Existem crianças infelizes que vivem em países pobres, onde há muita violência. Era bom que todos pudessem descobrir o que é ser feliz, porque é um direito de todas as crianças.
Eu posso dizer que sou uma criança feliz porque tenho, à minha volta, tudo aquilo que preciso para crescer saudável e forte.

Daniel Campos Fortuna
Nº 6, 6º B

A Felicidade

No início deste novo ano lectivo, alguns alunos foram convidados a reflectir um pouco sobre o significado da felicidade. Aqui ficam algumas dessas reflexões. Ao longo da semana serão publicados outros trabalhos.

«Do meu ponto de vista, a felicidade é um sentimento nobre. Este sentimento faz com que as pessoas estejam alegres e costruam pensamentos positivos.
A felicidade é o contrário de infelicidade, pois faz com que as pessoas se sintam bem consigo próprias e que tenham vontade de ajudar os outros. Quando conhecem casos de doenças graves, ou outra situação complicada, sentem que vão ultrapassá-las; isso significa que estão a ser optimistas.
A infelicidade torna as pessoas mais solitárias, egoístas e agressivas, assim sentem dificuldade em encarar qualquer obstáculo, vivem como se nunca houvesse sol e luz.
A conclusão que eu retiro após pensar um pouco sobre a felicidade, é que quem é feliz tem muita vontade de viver, pois leva a vida com harmonia e facilmente ultrapassa os imprevistos.»

Margarida Maia, 6º B

O Aniversário da Maria



«Maria, uma menina de doze anos, mas já com gostos requintadíssimos, escovava ritualmente os seus belos cabelos negros e espessos em frente ao espelho do toucador, repleto de fitas, bandoletes e perfumes, provocando inveja em todas as suas amigas. Era muito magra e preocupada com a linha e dedicava mil cuidados à sua pele branca e macia, receosa que alguma borbulha, própria da idade, pusesse em risco aquela sua beleza exótica. Adorava passear pelas lojas chiques da “Prada” ou do “Dolce & Gabanna”, enfim, pode dizer-se que “vivia bem”! Os pais eram ambos advogados e rodeavam a filha, a única que tinham, de mimos continuados e até excessivos. Preocupados, porém, com a sua educação moral, não se esqueciam de lhe repetir: “— Lembra-te, o que importa são os gestos de carinho e não o número de presentes!” Assim, Maria aprendeu a repetir esta pequena expressão em todas as festas e ocasiões sociais em que participava, como uma menina de bem, ao mesmo tempo que a afogavam em sofisticadas ofertas, sempre no “top” das últimas novidades para jovens.
Chegou o dia do seu aniversário. A festa era notícia no jornal da escola e ia passar-se na vivenda dos pais, em Queluz. Os imensos jardins da casa estavam todos iluminados e pequenas mesas com aperitivos e refrescos aguardavam os convidados. O salão de jantar estava enfeitado com grinaldas e balões coloridos, as paredes forradas com retratos de família em grossas molduras douradas, e sobre a enorme mesa, coberta com uma riquíssima toalha de linho, que pertencera à sua bisavó, estava o bolo de aniversário, de vários andares!!!
A Maria esperava ansiosamente pelas 20h:45, a hora a que chegariam os convidados e… os presentes! Já estava à espera há muito tempo do Iphone com o design da Apple prometido pelo pai. Finalmente, chegara o momento tão esperado: foi desembrulhando uma a uma, sempre com um sorriso nos lábios, as prendas que lhe entregavam logo à entrada as dezenas de parentes e amigos, próximos e distantes, que iam chegando. Até que a sua própria mãe lhe entregou um pequeno embrulho com um carimbo de “correio expresso”. Era a prenda do pai que, retido em França por um imprevisto de trabalho, lhe enviara assim o presente prometido.
Era mesmo o Iphone que ela queria! Mas, de repente, Maria sentiu os seus olhos ficarem húmidos de lágrimas e, rodeada por tantos presentes caros, não conseguiu sentir-se verdadeiramente feliz. Pareceu-lhe, naquele momento, que trocaria tudo aquilo por um simples beijo do pai que estaria ali, ao seu lado, sorrindo para ela como a dizer que a teria sempre guardada no seu coração!
Foi só então que Maria compreendeu, bem no fundo de si mesma, o significado daquela frase que tantas vezes repetira para mostrar as suas boas maneiras: “O mais importante é o carinho…” E ter compreendido isto deu-lhe, de súbito, ânimo para levantar os olhos e ir apagar as velas. Sentia-se muito mais feliz consigo própria!»

Eva Couto
6°A, n°10

O Aniversário da Maria

Num belo dia de Primavera, à beira - mar, estava uma menina sentada na areia a desenhar, a Maria. A menina era filha de pessoas muito ricas,mas muito ausentes, por isso dava mais valor à forma de ser das pessoas do que ao dinheiro.
Maria era magra e tinha a pele macia e escura, como o luar de uma noite sem estrelas. Os seus olhos amendoados pareciam ter sido barrados com mel. Aparentava ser uma rapariga extrovertida, alegre e muito transparente nos sentimentos. Contudo, nesse dia, data do seu aniversário, toda a alegria desaparecera... A mãe dissera-lhe que o seu pai não ia poder comparecer à sua festa de anos por causa do trabalho. Maria nem queria acreditar, tinha sido trocada por uma resma de papel, uma secretária e um cadeirão. Sentia-se triste e só, e não parava de pensar,no caminho de regresso para casa, se teria feito algo indevido para ser preterida por uma reunião de escritório.
A grande festa de anos ia realizar-se na sua casa, mais propriamente na sala e no jardim. Num dos cantos da sala, podia ver-se uma pirâmide de presentes de todas as cores, feitios e laços possíveis. Ao lado, via-se uma mesa recheada de petiscos deliciosos, onde havia de tudo, doces e salgados. Tudo estava perfeito! Porém, Maria já não tinha aquele brilho nos olhos, nem um sorriso na cara, porque seria? Os seus amigos, que apreciavam bastante a simplicidade e honestidade do carácter deMaria, começaram a reparar naquela tristeza mal disfarçada. Decidiram que tinham de fazer alguma coisa. Foram, então, falar com a mãe da Maria e perguntar-lhe se podiam continuar a festa na praia, já que ela adorava aquele local. Mal conseguiram convencer a mãe da rapariga, logo se apressaram a espalhar a notícia e a preparar a grande surpresa. A festa foi um êxito, uma verdadeira sensação! Maria tinha adorado a sua surpresa e, com o passar do tempo, conseguiu aproveitar o dia, pois os seus amigos mereciam toda a atenção do mundo pelo carinho que lhe demonstravam diariamente.

Susana Moreno, 6º A