terça-feira, 29 de abril de 2008

A Poesia é...


Para incentivar ao estudo da poesia, os meninos foram convidados a ler expressivamente alguns poemas e a reflectir sobre o significado desta tipologia textual. Estes são alguns dos versos construídos pelos alunos:

«Poesia é o iluminar de uma noite escura...»
Guilherme, 5º B

«Poesia é fazer música com as palavras, é ouvir o canto do amor.»
Cláudia Pessoa, 5ºB

«Poesia é difícil de compreender, pois, por vezes, as pessoas não têm capacidade para encaixar a poesia dentro de si.»
Filipe Rocha, 5º B

«A poesia é o canto de um grilo,
um prado florido,
um cavalo imaginário.»
Mariana Silva, 5º B

«Poesia é uma flor a desabrochar no jardim.»
Margarida Maia, 5º B

«Poesia é o amor e o reconhecimento do interior de cada um.»
Luís André, 5º B

«Ser poeta é...
Escrever palavras com música,
soltar o coração,
dizer o que nos sussura a alma
e escrever com paixão!»
Joana Ramos, 5º B

A Primavera


«Quando acabava o Inverno e começava a surgir a Primavera, tudo se animava. Na aldeia de Água-Pura, os últimos flocos de neve caíam, amparados pela melodia maravilhosa das cantilenas infantis sobre a Primavera, que se avizinhava.
Em Àgua-Pura vivia Cátia, um menina sonhadora. No entanto, as outras crianças afastavam-se dela, uma vez que a consideravam uma menina estranha. Quando sentia um gesto de rejeição, a pobre rapariga ficava tristíssima e, aos poucos, tornou-se na mais solitária criança da aldeia.
Certo dia, tinha acabado de chegar a casa e cumprimentar o seu pai, quando, subitamente, a campainha tocou e o carteiro lhe entregou uma carta.


Cara menina,
está convidada para o baile da primavera que se realizará esta noite, às 21 horas.

Cátia passou o resto da tarde a pensar no que vestiria para tão importante ocasião. Como não possuia nenhum vestido bonito, decidiu usar um outro, bastante simples, que tinha no armário.
Chegou ao baile e foi convidada para dançar, pois a delicadeza e simplicidade do seu vestido e da sua postura encantou os restantes convidados. No final do baile, foi realizado um concurso para premiar a menina mais bonita da festa e Cátia ganhou por possuir o vestido mais de acordo com a estação que se aproximava - tinha flores de todas as cores estampadas no tecido, um colar de rosas e uma tulipa belíssima no cabelo! A menina ficou radiante com o sucedido e deixou de ser tão solitária como antigamente.
As outras crianças deixaram de a ignorar e tornaram-se mais simpáticas e sorridentes. Afinal, só a repudiavam porque era da família mais pobre da aldeia. Quando descobriram os encantos da sua forma de ser desejaram conquistar a sua amizade.»


Ana Sofia, 5º B







Um dia de Tempestade


«Um dia acordei e , em vez de ouvir os pássaros a chilrear no meu jardim, ouvi os ruídos do vento que soprava ferozmente e da chuva a fustigar a janela do meu quarto.
Como era Domingo, deixei-me estar repousada na cama, atenta a esses sons que tanto aprecio.
Ao início da tarde, fui com os meus amigos dar um passeio. Apesar do mau tempo, lá nos metemos no carro e dirigimo-nos até à beira-mar. A chuva continuava a cair com muita intensidade e o vento parecia soprar com mais força, mas isso só tornava o dia mais interessante aos meus olhos. Estacionámos por cima da falésia e ficámos dentro do carro a observar o mar com as suas enormes ondas. Quando batiam nas rochas, surgia uma enorme nuvem de espuma branca.
Entretanto, quando regressávamos a casa, começámos a ver relâmpagos e a ouvir trovões cada vez mais ameaçadores.
A noite caiu, mas o céu continuava iluminado pela trovoada.
No conforto do meu quarto, pensei em como a natureza consegue ser bela e, ao mesmo tempo, assustadora!»

Sofia Ramos, 5º C

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A nossa face

Como já tinha sido referido anteriormente, os pequenos criadores desta página vão tecendo apresentações dos colegas. Aqui se regista mais uma que deve ser lida com humor...

«O Afonso tem cabelo castanho, olhos castanhos e pele clara. É de estatura média e o seu rosto tem uma forma oval e larga.
Psicologicamente, o Afonso é brincalhão e gosta de se divertir. Por vezes é demasiado agitado e preguiçoso, mas continua a ser um bom amigo.
Enfim, o Afonso é assim, nós não podemos mudar a sua forma de ser, mas podemos ajudá-lo a ser cada vez melhor.»

Ana Sofia, 5º B

O meu amigo Nero

«O meu amigo Nero vive em Trás-os-Montes.
Um dia, eu e os meus pais fomos fazer-lhe uma visita. Como o meu amigo é muito simpático e educado, assim como os seus pais, gostei muito de passar o dia com ele. Enquanto passeávamos, vi grandes rebanhos que por ali pastavam acompanhados por um pastor que, por sua vez, estava acompanhado por um cão enorme! No final do dia, convidámos o meu amigo e os seus pais para passarem as férias da Páscoa em minha casa. Eles aceitaram o convite, o que me deixou feliz!
Viemos para o Porto e, no dia seguinte, fomos mostrar-lhes a cidade. Ficaram espantados ao ver o mar, os barcos de pesca e os de passageiros, pois nunca tinham visto aqueles cenários.
No final das férias regressaram satisfeitos à sua terra.
Foram umas férias bem divertidas com os meus pais e o meu amigo Nero!»


José Pedro Pinheiro, 5º C

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terça-feira, 8 de abril de 2008

«A Menina do Mar» - Sugestão Literária da Semana


«Era uma vez um menino que vivia junto à praia. Um dia, conheceu a menina do mar e os seus três amigos: o peixe, o polvo e o caranguejo. Todos os dias o menino levava um objecto novo da terra para a amiguinha, para que ficasse a conhecer um pouco mais da sua vida.
Contudo, a Raia, a Rainha do mar, descobriu que os dois planeavam viajar para longe, por isso castigou a menina enviando-a para o fundo do mar.
Os dois amigos, separados pela Raia, viviam infelizes, sem saberem notícias um do outro. O Rei do Mar, ao ver a menina tão triste, enviou, através de uma gaivota amiga, um suco mágico, que o menino bebeu de imediato. Depois, guiado por um golfinho mensageiro, o rapazito e a menina reencontraram-se e viveram felizes para sempre.»

Maria Beatriz Bernardes, 5º B

O Sol e a Lua


«Num dia quente de Verão, o Sol nunca mais se punha e a pobre Lua já estava a ficar aborrecida.
A certa altura, resmungou:
- É melhor despachares-te, porque o teu horário já terminou. Eu também quero trabalhar!
- Espera um pouco, tem calma! As pessoas gostam tanto de mim... não posso ir-me embora! - exclamou a outra.
- Como sabes que as pessoas gostam mais de ti? - questionou a Lua.
- Como sei? Olha à tua volta... as crianças estão a brincar e a nadar, as pessoas andam a passear... quando tu chegas, já não há diversão.- disse o sol, apontando o que via à sua volta.
- Desculpa, tu não deixas descansar as pessoas e, quando eu chego, a família reúne-se e conta as novidades do dia.- afirmou a Lua, orgulhosa.
- Eu dou energia às pessoas! Por isso sou mais importante!
A Lua irritou-se e não respondeu às palavras do sol. Após algum tempo de reflexão, disse irritada:
- Respeita os mais velhos!!!
-Como sabes que és mais velha? - perguntou o Sol ainda encarnado.
De repente ouvem-se umas enormes gargalhadas da Lua que disse:
- Eu saio à noite e tu não!
O Sol não gostou do comentário e lá partiu para deixar a noite cair.»

Cláudia Pessoa, 5º B

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Fábula - «O Pássaro e a Águia»

Certa manhã de Inverno, um pássaro voava calmamente pelas ruas geladas de Indiga Litoral. De repente, uma águia pesqueira chocou contra si e, irritada, disse:
- Desafio-te para uma corrida!
- Não aceito, cara águia, pois não gosto de voar a velocidade excessiva. A águia ouviu a resposta com ar de desdém e afirmou:
-Vá lá, passarinho...é só uma corridinha...
O pássaro aceitou para que o outro animal o deixasse em paz. A águia informou então que a corrida iria ser no oceano glacial, onde existiam muitos icebergs perigosos.
Chegados à linha de partida, iniciaram a corrida. A águia dominou desde cedo a prova com a sua velocidade estonteante. O pássaro seguia calmamente, desviando-se dos icebergs cuidadosamente, bem atrás do companheiro. Quando estava prestes a chegar à linha da meta, o animal mais rápido, com a ânsia de vigiar e bater o outro concorrente, esbarrou contra um monte de gelo. O pássaro aproveitou para ultrapassá-lo e ganhou a corrida.

Filipe Neves e Patrícia Silva, 5º A

A Noite das Vozes Misteriosas

«Numa noite de luar
Sofia não sabia o que pensar.
Voar, cantar ou até sonhar...
Talvez com a Lua falar.
A criança, ao ouvir
vozes misteriosas
não sabia o que sentir
Medo, alegria... tudo servia
para não dormir...»

Margarida Maia, 5º B

«Na noite das vozes misteriosas
todas as vozes eram misteriosas,
algumas até provocavam loucura!
Todos, com medo, fugiam,
sem saber para onde iam.
Viam-se rostos nas paredes e
ouviam-se gritos na multidão.
Os seus olhares escondiam segredos
e os seus rostos abrigavam medos...
Nesta noite feita de insónias
os olhos abertos no escuro
e fixando o infinito
o futuro parece pouco seguro...»

Mariana Rocha, 5º B

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Floresta e a leitura...


A Floresta do Mocho

«Todos os dias ao fim da tarde, o Sr. Rogério ia passear ao seu sítio preferido, a Floresta do Mocho. Esta situava-se a caminho da antiga escola da sua infância, trazendo-lhe doces recordações, motivo pelo qual adorava este local.
A Floresta era calma como um pássaro a voar, sereno no cume das nuvens... Era, ainda, enorme, com frondosas árvores de folhas muito verdes.
O sr. Rogério gostava de ir até lá, ler um livro sentado num tronco de árvore. A sua obra de eleição, já lida várias vezes era «Os Maias» de Eça de Queirós. Para além da leitura, passava longos períodos a ouvir o chilrear dos pássaros, o barulho e o ruído do vento nas folhas.Ficava maravilhado com o bailado que os ramos das árvores construíam à sua passagem.
Costumava vestir-se com fatos das cores da natureza - castanhos ou verdes; assim sentia que ele próprio se confundia com a floresta, tornando-se parte dela.
Quando terminava a sua leitura, saía daquele local mais feliz e recuperado, pronto para enfrentar mais um dia de trabalho.»

Ana Margarida Dias, 5º C


O Prazer de Ler

«O senhor Fernando gostava muito de ler. Para se dedicar a este prazer procurava sítios calmos onde pudesse saborear as palavras com tranquilidade. Ia, então, para uma floresta perto de sua casa e sentava-se num banco existente em redor de uma árvore sua conhecida. Era um homem magro, com o cabelo branco e usava óculos, sobretudo para ler. Para além disso, dava longos passeios e observava a natureza e quando encontrava um recanto especial, parava mais um pouco e lia algumas páginas do livro que trazia sempre consigo.
A floresta para onde se deslocava o senhor Fernando tinha muitas árvores e uma bonita relva que apetecia calcar.»

Sofia Ramos, 5º C


Os Hábitos do Sr. João

«Era uma vez um homem bondoso que gostava muito de ler, principalmente banda desenhada e o jornal diário. Todas as manhãs se dirigia a um banco de jardim, onde a natureza era pura, verde e repleta de cores e aromas agradáveis. Este homem chamava-se João, já tinha alguma idade e vestia-se sempre muito bem, com fato e gravata.
Tinha um sorriso brilhante e rasgado, tal como o de uma criança, e olhos azuis como o céu num dia de sol.
Para além disso, fazia desporto aos Domingos logo pela manhã, por isso tinha um aspecto muito saudável. Apreciava legumes e peixe. Não era casado e sentia-se feliz assim. Percorria aqueles caminhos alegre e bem disposto, aproveitando a vida ao máximo!»

Mariana Borges, 5º C

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O Dia em que Choveram Flores


«Era um belo dia de Primavera e Joana brincava no jardim de sua casa. Naquela época do ano, aquele local costuma ser invadido por rosas, camélias, margaridas, tulipas, jasmins e narcisos. No entanto, naquele dia, a menina reparou que as flores estavam todas a murchar e quis saber o que estava a acontecer. Foi então procurar pistas que a ajudassem a resolver o mistério e encontrou umas pegadas muito estranhas... Pensou, então, que se seguisse aquelas marcas conseguiria desvendar o caso. Quando o rasto de pegadas terminou, a rapariga olhou em seu redor e viu um homem de muito mau aspecto, com uma bela jovem contrariada junto a si. Essa jovem era a Primavera e tudo indicava que tinha sido raptada por ele. Joana estava decidida a salvar a Primavera, por isso passou muito devagar pelo homem adormecido e soltou a jovem, que estava amarrada e amordaçada para não gritar. Soltou-a então sem fazer ruído. mal se sentiu livre do cativeiro, a Primavera abraçou Joana e desapareceu numa brisa suave. Atordoada com o ocorrido, a rapariga tenta sair daquele local silenciosamente e, como por magia, sente-se flutuar no ar, carregada por aquela brisa leve que a pousa no seu jardim, já coberto das mais belas e coloridas flores caídas do céu.»

Mariana Miller, 5º B

Sugestão Literária da Semana


«Quem vê caras não vê corações»

A história de Maria Conceição Galveia Ferreira fala-nos de uma professora que não parecia muito simpática, mas que acaba por cativar os seus alunos.

«Quando começaram as aulas, Filipe e Filipa repararam que a sua nova professora não era muito simpática. Para iniciar, esta pedira aos alunos para a auxiliarem na tarefa de contar uma história. Colocou, então, um chapéu mágico na cabeça e com as diferentes ideias que iam surgindo na aula surgiu uma bela história!

Numa aldeia distante vivia uma senhora muito bonita, uma mãe com o seu filho e um monstro. Certa noite, a mãe acendeu uma vela para alumiar o ambiente, mas esta tombou incendiando a casa. A mãe e o seu filho foram salvos pelo monstro, que corajosamente enfrentou as chamas, enquanto que a senhora bonita nada fez para ajudar. Mais tarde, a criança foi conversar com o monstro que lhe contou as mágoas sofridas ao longo da sua vida. Após este dia tornaram-se grandes amigos.

Os alunos gostaram muito da história e perceberam o significado do provérbio - Quem vê caras não vê corações.

Apreciei o livro, pois compreendi que nem sempre as pessoas mais bonitas contêm beleza dentro de si. Não devemos valorizar o aspecto exterior dos que nos rodeiam, devemos sim descobrir como as pessoas são bonitas na alma.»

Joana Ramos, 5ºB




O Livro



O livro é um amigo que me acompanha todos os dias,na escola, em casa, na cama e, às vezes, no sofá.
Gosto muito de ler, especialmente livros de aventuras. Tenho a sensação de que estes me ajudam a superar problemas e a ficar mais confiante e corajosa. Entrar no mundo da ficção e das aventuras significa,para mim,descobrir novos valores,atitudes e sentimentos.
Quando for maior, gostaria de lançar vários livros ou várias colecções para jovens.É muito importante que estes reconheçam o valor da leitura, pois só esta nos permite morrer mais sábios! Por isso,queria ajudar os jovens a ler com alegria através das minhas histórias emocionantes.
Por tudo isto que referi,sinto que o livro é o meu melhor amigo,conselheiro e companheiro.

Leonor Calheiros, 5ºB