quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A Felicidade

Era uma vez um vale onde viviam todos os Sentimentos: o Orgulho, a Vaidade, a Bondade, a Tristeza, a Inveja… Na última casinha deste local vivia o Amor e era graças a ele que todos estavam unidos. O Amor tinha uma filha, a Alegria, que ajudava o pai a unir os Sentimentos. Sempre que o Amor e a Alegria partiam, todos os Sentimentos se aborreciam e zangavam, já que não havia ninguém para uni-los.
Nunca chovia, pois era a terra mais feliz do mundo. Se chovesse, as crianças não poderiam brincar. Se chovesse, os homens não poderiam trabalhar a terra.
Por este motivo, os Sentimentos iam buscar água a um riacho perto do vale. Muitas vezes, as crianças não tinham nada para fazer e então ajudavam os seus pais a trabalhar a terra e as suas mães a cozinhar e a limpar a casa. No vale nunca mudava de estação, por isso existia sempre sol. As crianças tomavam banho no rio e apanhavam sol nas suas margens. Também não existiam animais domésticos; para os seus habitantes, os animais faziam parte da natureza e conviviam com eles naturalmente.
Um dia, caiu uma grande tempestade e todos se salvaram excepto o amor e a alegria, pois andavam à procura dos amigos para tentar salvá-los caso estivessem em perigo. Quando a tempestade acabou, todos saíram das suas casas e viram o Amor e a Alegria caídos no chão, sem se mexerem. Quando já todos estavam desesperados, pensando que tinham partido para sempre, apareceu um sentimento especial, que lhes tocou muito levemente. Ao sentirem aquele toque mágico, despertaram! Descobriram, então, que o visitante mágico era a Felicidade! Amor e Felicidade conheceram-se e apaixonaram-se. Casaram algum tempo depois e viveram felizes para sempre.
Sempre que recordo este episódio, penso no motivo que terá levado ao despertar do Amor e da sua filha…. Na verdade, o Amor pensava demasiado nos outros e não se preocupava consigo. Todo o vale era feliz, menos ele. Assim, quando a Felicidade lhe tocou, passou-lhe um sentimento de bem-estar. Isso mudou tudo, pois finalmente alguém se preocupara com ele!

Maria João Barbosa nº 19, 6º B

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